Friday, August 11, 2006
Aniversário
Faz hoje 40 anos que foi inaugurada a ponte 25 de Abril.
Bem razão tinha Salazar quando quiz impedir que o seu nome fosse dado àquela obra:
“Os nomes de políticos – considerava Salazar – só devem ser dados a monumentos e obras públicas cem ou duzentos anos depois da sua morte. Salvo nos casos de chefes de Estado, se estes forem reis, porque então se está a consagrar um símbolo da nação. Mas se se trata de figuras políticas como é o meu caso, então há que esperar e se ao fim de cem ou duzentos anos ainda houver na memória dos homens algum traço do seu nome ou da sua obra, então é até justo que se lhe preste tal homenagem”.
Talvez daqui a "cem ou duzentos anos" se consiga, sem paixão, fazer justiça ao notável período em que Salazar foi um estadista clarividente e respeitado pelas nações (hoje já ninguém refuta os méritos do Marquês de Pombal).
Pena foi que se tivesse enquistado nas suas concepções e não tivesse querido (ou podido) acompanhar "os ventos da História".
Obra insuspeita para se conhecer o "casulo" em que Salazar se deixou envolver é a obra de José Freire Antunes "Salazar e Caetano - Cartas Secretas 1932-1968" (edição do Círculo de Leitores Lisboa 1993) que, por outro lado, nos revela em Marcello Caetano um homem extremamente corajoso, desassombrado, sério e competente.
Faz hoje 40 anos que foi inaugurada a ponte 25 de Abril.
Bem razão tinha Salazar quando quiz impedir que o seu nome fosse dado àquela obra:
“Os nomes de políticos – considerava Salazar – só devem ser dados a monumentos e obras públicas cem ou duzentos anos depois da sua morte. Salvo nos casos de chefes de Estado, se estes forem reis, porque então se está a consagrar um símbolo da nação. Mas se se trata de figuras políticas como é o meu caso, então há que esperar e se ao fim de cem ou duzentos anos ainda houver na memória dos homens algum traço do seu nome ou da sua obra, então é até justo que se lhe preste tal homenagem”.
Talvez daqui a "cem ou duzentos anos" se consiga, sem paixão, fazer justiça ao notável período em que Salazar foi um estadista clarividente e respeitado pelas nações (hoje já ninguém refuta os méritos do Marquês de Pombal).
Pena foi que se tivesse enquistado nas suas concepções e não tivesse querido (ou podido) acompanhar "os ventos da História".
Obra insuspeita para se conhecer o "casulo" em que Salazar se deixou envolver é a obra de José Freire Antunes "Salazar e Caetano - Cartas Secretas 1932-1968" (edição do Círculo de Leitores Lisboa 1993) que, por outro lado, nos revela em Marcello Caetano um homem extremamente corajoso, desassombrado, sério e competente.